ABSTRACT
Os autores analisaram, retrospectivamente, 117 pacientes portadores de abdome agudo não-traumático, submetidos à laparoscopia diagnóstica e/ou terapêutica, na Casa de Saúde Santa Martha, em Niterói. A precisão diagnóstica do exame laparoscópico foi de 96,6 por cento. Com relação à terapêutica, 74,4 por cento dos pacientes foram tratados por laparoscopia, 21,4 por cento por laparotomia e 4,3 por cento foram tratados clinicamente. A precocidade na realização da laparoscopia relacionou-se à maior taxa de sucesso com o tratamento laparoscópico (valor p<0,05). Analisando-se a recuperação pós-operatória, os pacientes submetidos a intervenções laparoscópicas iniciaram a dieta oral e receberam alta mais precocemente que os submetidos à laparotomia (valor p<0,05 e p<0,01 respectivamente). A taxa de complicação foi de 13,7 por cento, com mortalidade de 2,6 por cento. Os autores concluem que a laparoscopia é um excelente método diagnóstico, permite um manejo terapêutico satisfatório associado a uma recuperação pós-operatória mais precoce